segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Aprender, aprender e aprender...

Workshop Torra e Blend para Espresso com Tim Wendelboe

Quando comecei a estudar café, comprei o DVD do Campeonato Mundial de Baristas 2004 (Trieste, Itália). Os três melhores Baristas do Mundo eram o norueguês Tim Wendelboe, o canadense Sammy Piccolo e o Dinamarquês Klaus Thomsen. Como não poderia deixar de ser, esses três foram meus ídolos do momento e hoje realizo um sonho - poder estar em um curso ministrado por um deles.

Como parte da minha preparação para o próximo Campeonato Brasileiro de Baristas, fui patrocinado por Paul Germscheid (Team La Marzocco Brasil) para participar do workshop com Tim. O que podemos aprender com profissionais como Tim Wendelboe não tem preço, mas como ele mesmo disse: ''Reflita sobre o curso e tire suas próprias conclusões''.

Em recente publicação na Revista Espresso, escrevi uma matéria sobre "Identidade Barista" que está ligada com a ideologia de Tim - Não devemos apenas copiar o que Baristas consagrados fazem ou falam, mas aprender com suas próprias experiências e tentar ter os nossos próprios rumos.

O workshop foi ministrado no Coffee Lab de Isabela Raposeiras, um oásis para qualquer Barista. Equipado com máquinas poderosas tais como torradores Diedrich e máquina de café espresso La Marzocco, o Lab de Raposeiras é um local completo para os profissionais que desejam adquirir conhecimento sobre cafés e a profissão de barista...



Produção

A primeira parte do workshop foi destinada a uma pincelada sobre produção de cafés e suas etapas, como: colheita, processamento, secagem e etc. O que mais me chamou a atenção foi a experiência de Tim em visitas a produções de todo o mundo. Isso realmente faz com que um profissional Barista se torne mais completo.

Cupping



Pra mim o ponto alto do workshop foi o Cupping. Nesta etapa tivemos a grande oportunidade de provarmos cafés incríveis. Que tal um Cup of Excellence da Costa Rica ou um Geisha do Panamá? Poderia dizer que aqui o workshop valeu cada centavo e quase fui cometendo um grande engano...

Ao provar as amostras 4 e 5 , esperava ter provado um maravilhoso exemplar de café africano. Foi aí que ter participado desse workshop valeu para o resto da minha vida... Acabei descobrindo que eram amostras de uma fazenda brasileira, mais especificamente da Fazenda Ambiental Fortaleza. Mas o que um café brasieliro, de Mococa-SP teria de tão especial???
- Sim, o fato de termos uma produção brasileira de um café com características dos cafés africanos.
Usei as características de corpo africanas no último Campeonato Brasileiro e na última Copa Barista. O resultado foi muito bom: 5º e o 2 lugar respectivamente.
O fato negativo da minha descoberta é que esse café já está todo vendido para fora do Brasil.


Espresso





Tim fez uma pequena palestra sobre extrações de espresso. O diferencial sobre extrair cafés em máquinas dual boiler como a La Marzocco (sua preferida) e ao uso de moinhos cônicos como o Conpak (seu preferido).

Extraiu espressos em xícaras de diferentes tamanhos e nos mostrou a diferença na percepção sensorial em cada uma.




Posso dizer que foi uma grande experiência e que valeu muito como preparação e treinamento para o Campeonato Brasileiro do ano que vem.

Meus agradecimentos a: Isabela Raposeiras, Tim Wendelboe, Paul Germscheid e toda equipe da Coffee Lab.

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